A esquerda pernambucana espera que agora, toda vez que um policial receber tais ordens absurdas para reprimir movimentos sociais e oprimir e deter arbitrariamente os militantes políticos, este policial pare para refletir sobre este fato.
A polícia não teve peito para
continuar a greve e enfrentar o governo – ao contrário de quando tem muito
peito para reprimir manifestantes desarmados, movimentos sociais, comerciantes
informais, e para desabrigar favelados em prol de obras para FIFA – e a greve
já foi finalizada, na quinta-feira dia 15/05/2014.
Durante o período em que a
greve estava de pé, começou a haver o crescimento do número de assaltos, arrastões
e etc., sobretudo no Recife (capital de Pernambuco), em locais mais centrais.
No entanto, além do aumento desses tipos de ato, orquestrados por ladrões
isolados, ocorreu em grande escala a expropriação de grandes mercados, e
grandes empresas comerciais, sobretudo em locais mais periféricos (como as
cidades de Abreu e Lima, Paulista e dentre outras cidades).
Não se deve confundir os alhos
com bugalhos. Não se trata de um mero ato criminoso, um mero assalto, realizado
por ladrões de sempre, que roubam tanto pessoas privilegiadas, quanto assaltam
trabalhadores e pobres. Trata-se de um movimento espontâneo das massas mais
oprimidas, que em meio ao aperto da desigualdade social, e tendo a ausência do
braço armado do Estado para defender a propriedade privada burguesa, realizou
saques e expropriações em massa.
As imagens que podem ser
encontradas sobre tais saques, demonstram que não são ladrões quaisquer, mas
sim os setores mais espoliados da massa, que saíram as ruas para saquear em
grande número, grandes empresas comerciais de eletrodomésticos, hipermercados,
grandes lojas de roupa e sapato, e etc. Houve o caso de saques a pequenas lojas
e pequenas propriedades, mas como sabemos um movimento espontâneo e
desorganizado das massas, sempre vai estar bastante longe do “perfeito”. Salvo
essas exceções, a maioria dos saques foram realizados em grandes empresas, e
foram feitos, como orquestrados pelos setores mais explorados e oprimidos de
nossa sociedade.
Neste sentido, a maioria dos
atos, configuram, na prática, atos de (re)apropriação feitos pelo povo,
(re)apropriando o que é fruto de seu
trabalho.
É necessário a compreensão dos
fatos, e entender que criminosa não é nossa população, banido e criminoso é o
parasita do grande empresário que te rouba 8 horas de seu dia, e lhe dá somente
uma migalha pequena de tudo que você trabalhou.
Expropriar,
expropriar os parasitas imperialistas e (anti)nacionais!
Viveremos a Pátria Livre, na mão dos Trabalhadores Brasileiros!
Viveremos a Pátria Livre, na mão dos Trabalhadores Brasileiros!
Salve o Proletariado Pernambucano!