sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Lei de Segurança Nacional em tempos "democráticos"; a ditadura desmascarada

As manifestações de junho deram inicio a uma verdadeira marcha pela mudança no Brasil. Agora, em vez da classe média, que pretendiam mudar o país a moda micareta e carnavalesca, indo às ruas apenas para postar fotos nas redes sociais, os verdadeiros revolucionários enfrentam as forças de repressão e delimitam uma grande linha entre nós e nossos inimigos. Quem poderá deter as massas revoltadas neste momento? Quanto mais à repressão são fortes os atos se tornam combativos. Balas de borracha e gás lacrimogêneo não contem mais a revolta popular. A mascara de um Estado Democrático de Direito cai e revela sua verdadeira face fascista, seja reprimindo ou intimidando os manifestantes, jogando bombas, enviando intimações, forjando flagrantes ou decretando prisões preventivas a administradores de páginas combativas nas redes sociais.

O Estado fascista procura coibir os atos de rua utilizando os mais diversos meios para criminalizar os movimentos sociais. Os fantasmas da Ditadura Militar Fascista tomam corpo novamente, agora enquadrando os manifestantes na Lei de Segurança Nacional (LSN), promulgada durante a Ditadura do Estado Novo de Vargas, e que durante os anos de chumbo da Ditadura Militar foi utilizada para poder caçar, torturar e assassinar milhares de militantes.

Como podemos declarar que vivemos num Estado Democrático de Direito se no aparato da repressão mantem-se os mesmos carrascos que torturaram e mataram pessoas na ditadura? A Lei de Segurança Nacional além de ferir a Constituição Nacional, coloca os acusados a disposição de um tribunal militar. A Justiça Brasileira e os seus órgão representativos, como a OAB por exemplo, preferem vendar seus olhos e deixar a responsabilidade dos lacaios do Estado a situação dos manifestantes. Vale pontuar que mesmo as Secretárias de Defesa Social ou de Segurança Pública afirmando que não existe ordem direta dos governadores para poder enquadra os militantes na LSN, sabemos que isso não passa de um engodo.

A mídia não poderia ficar de fora, pelo contrario, ela é responsável por alienar a massa e colocar contra a população os tachados “vândalos” ou “baderneiros”. Insistem em dizer que os protestos seguiam pacíficos e que uma minoria de vândalos provocou toda a confusão. Toda essa alienação faz parte de um jogo sujo em conchavo com a burguesia nacional. Taxam os manifestantes de vândalos, mais esquecem que os vândalos estão no Congresso Nacional e nas Câmaras de Deputados e Vereadores dos Estados. Basta vê que a mídia usa uma filosofia semelhante à utilizada pelo Ministro de Propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels, quando este proferiu a seguinte frase: “Uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”.

Como diria Karl Marx, “a história se repete”. Vemos o Estado assumindo novamente uma postura violenta contra a pressão popular. Vemos mais uma vez empresários financiando a repressão como fizeram ao financiar a Operação Bandeirantes (OBAN). Cabe a nós denunciar estas arbitrariedades provocadas pelas forças de repressão. Essas práticas por parte da reação só faz confirmar a citação do Camarada Mao: “É bom se somos atacados pelo inimigo, na medida em que isso prova que traçamos uma clara linha de demarcação entre nós e ele. E melhor ainda é se este nos ataca furiosamente, se nos pinta com as cores mais sombrias e sem a mais pequena virtude, na medida em que isso não só demonstra que traçamos uma clara linha de demarcação entre o inimigo e nós próprios, mas ainda que alcançamos um grande êxito no nosso trabalho”. Pensam o Estado que prendendo os revolucionários irão deter as manifestações populares, pelo contrario, só faz aumentar a ira das massas revoltadas. Parafraseando o grande Comandante Guevara: “Podem cortar duas ou três flores, mas jamais deterão a primavera”. De pé companheiros para batalha, temos que derrotar a reação, para as barricadas pelo triunfo da revolução! Fascistas não passarão!

Liberdade imediata dos presos políticos dos governos fascistas de Geraldo Alkimim e Sergio Cabral!

Pelo fim das perseguições políticas!

Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais!

Pelo fim da Polícia Militar!

Ódio e morte ao Estado burguês fascista! 

- C. Cipriano. Fonte: Unidade Vermelha