Os
dirigentes comunistas tiveram aprovação superior a 50%. Lênin, que governou
entre 1917 e 1924 (faz 89 anos que deixou o governo) permanece na memória dos
russos como um bom governante: teve 55% de aprovação, um ponto abaixo de Leonid
Brejnev (1964 a 1982), que teve 56%; Stálin, que governou entre 1922 a 1953
(deixou o poder ao morrer, há 60 anos) e comandou a vitória soviética na Grande
Guerra Pátria contra o nazismo, foi aprovado por 50% dos entrevistados, mesmo
com toda a campanha de difamação contra ele promovida pela direita e pelos
anticomunistas.
A
defesa da Pátria e a construção do comunismo ajudam a entender esta avaliação
positiva. E explica também a repulsa, na outra ponta, daqueles que traíram o
povo e o país. Mikhail Gorbachev (governou entre 1985 e 1991) foi condenado
pela imensa maioria dos entrevistados, ficando com apenas 21% de aprovação; seu
sucessor, Boris Yeltsin (governou de 1991 e 1999) teve avaliação negativa
semelhante, ficando com 22% de aprovação.
O
povo não esquece: Gorbachev e Yeltsin promoveram o fim da União Soviética, do
socialismo, e o retorno do capitalismo. Foram os responsáveis pelas mazelas que
o povo russo vive desde então, com queda acentuada na qualidade de vida,
expectativa de vida em queda (era de 70 anos em 1975 e caiu, depois da volta do
capitalismo, para 65 anos em 2007), vida insegura e criminalidade ascendente.
Isso
não ocorria antes de 1991, quando a União Soviética e o socialismo foram
destruídos por Gorbachev e Yeltsin. A avaliação histórica feita pelo povo é
implacável! E esclarecedora sobre o caráter dos governos e dos governantes.
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Por José Carlos Ruy. Fonte: vermelho.org