quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Polícia mata deficiente mental e auditivo que não obedeceu ordem (por não ouvir)

Deficiente não ouviu chamado da Polícia; único disparo dado acertou o tórax da vítima deficiente que morreu na hora que morreu na hora. A vítima tinha problemas mentais e deficiência auditiva e não podia ouvir.
A Polícia Militar atirou e matou um deficiente mental e auditivo que desobedeceu a ordem de parada nesta tarde (7) em Cuiabá. O homicídio aconteceu na região do Monte Líbano, quando várias pessoas saíam do trabalho e passavam pelo local.
Pai da vítima, Ademar Oliveira.
De acordo com a própria PM, a vítima identificada como Ademar Silva Oliveira Junior, 19, estava armada com uma faca de mesa na cintura quando a viatura chegou. Ele não obedeceu a ordem de parada e avançou no policial que atirou em seu abdômen. 

“Apenas um tiro foi disparado. Nós fomos chamados para atender uma ocorrência de ameaça, onde um homem estava armado. Chegamos e ele não atendeu nossa ordem e partiu pra cima da guarnição e nesse momento um tiro foi disparado. Vale ressaltar que nosso disparo é para neutralizar a situação. Nenhum policial atira para matar”, afirmou o tenente do 10º Batalhão Reiners.

O pai da vítima, Ademar Oliveira, compareceu ao local após ficar sabendo do caso e disse que o filho é deficiente mental desde que nasceu e também é deficiente auditivo. “Meu filho toma quatro tipos de remédios diferentes por dia. Ele é surdo e com certeza não ouviu o sinal de parada. Não precisava atirar para matar. Ele é meu caçula de cinco filhos. Minha família está arrasada, mas quem acha que vamos deixar isso impune está errado. A Polícia matou uma pessoa do bem”, gritou o pai no meio da população.

Questionado sobre o tiro em local vital, o oficial de área do 10º Batalhão voltou a afirmar que a ação não era para matar. “Não atiramos para matar ninguém. Infelizmente pegou em um lugar onde foi fatal. É uma fatalidade que ninguém esperava”, comentou o oficial.

Os policiais do 10º Batalhão continuam no local aguardando a chegada dos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e dos peritos do Instituto Médico Legal (IML). 

- Por Max Aguiar, fonte: http://www.hipernoticias.com.br/