O
meio de trabalho é um conjunto de coisas que o trabalhador insere entre si e
seu objeto, indicando as condições sociais onde se realiza, sendo “o
trabalhador o apêndice da máquina”, o medidor da própria capacidade de
produção. É importante destacar que, a medida que o trabalho é reduzido a seu
caráter abstrato (perde-se a consciência da subjetividade nele implicada),
desenvolve-se o que Marx determina como trabalho alienado: onde se implica os
fenômenos do fetichismo e da reificação.
Por
reificação, entende-se o processo de coisificação onde o próprio direito passa
a ser mercadoria de consumo. As ações humanas e suas implicações deixam de ser
consideradas propriamente “humanas”, para serem encaradas como “coisas” e,
consequentemente, serem vistas como substituíveis e plurais. Já no fetichismo,
a aparência mascara a essência do próprio fenômeno, mascarando as relações
sociais que o envolvem, e a capacidade de envolvimento de que o próprio
fenômeno necessita (sem o envolvimento do humano – subjetivo -, o fenômeno –
abstrato - não ocorre).
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Lisiane Pohlmann