quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cresce número de áreas ocupadas por famílias operárias sem-tetos em Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto, uma das cidades de maior importância histórica do estado e prestígio nacional pela participação econômica, erguida e construída com o suor da classe operária e do povo negro, ainda hoje há de ver a importância do movimento dos trabalhadores urbanos (e rurais) pelos direitos mais básicos, pois têm êxitos em suas ações.



(Nota do VàE: Este texto contém relatos e informa com base em fatos ocorridos em 2013. O mesmo escrito o texto em dezembro de 2013).
 
Assim sendo, fica claro que a classe operária em Ribeirão Preto já vem se conscientizando e criando movimentos de massa há algum tempo, organizando eles por eles ações de ímpeto e que colocam sob pressão o poder público e a burguesia.

Tudo isso explica o motivo de ter subido para 11 o número de áreas justamente invadidas por trabalhadores sem-tetos neste ano. Seis delas só no Parque Ribeirão.


Das que ainda resistem às investidas do Estado (ao todo, nove ainda estão em posse do Movimento Livre Nova Ribeirão), ainda abrigam cerca de 510 famílias. Em uma dessas onze justas ações dos companheiros, uma está em posse popular há dez dias, nomeada pelos moradores de Cruzeiro, onde já abriga 50 famílias do operariado ribeirão-pretano.



Outro caso é o da invasão que foi nomeada de Andorinha, que já está sob ordem de reintegração:
 “O acampamento Andorinha, localizado no cruzamento das avenidas Manoel Antônio Dias e Patriarca, no Jardim Maria da Graça, recebeu nesta terça-feira (3 de dezembro) a visita de um oficial de Justiça com uma ordem de reintegração de posse.O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, disse que já foram expedidas cinco liminares de reintegração de posse na cidade. O documento informa que as famílias têm 15 dias, a contar desta terça, para deixar o local. Segundo Romildo Marques da Silva, coordenador da invasão, moram atualmente na área 40 famílias.” – Jornal Folha de São Paulo. 
“É uma vida sofrida. Aqui eu tenho esperança de finalmente conseguir minha casa própria”, conta Xavier.   


Áreas desocupadas pela reintegração


    Das 11 áreas invadidas e retomadas pelo povo, duas foram reintegradas pelas forças de repressão. Uma das áreas invadidas, que 'pertence' ao Governo do estado de SP, no Jardim Progresso, abrigava cerca de 20 famílias operárias, que ocuparam a área no fim de agosto. Neste caso, a reintegração de posse não foi tumultuada.


 “Nós estamos respeitando a ordem de reintegração de posse. Perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra. Vamos lutar em outros lados de Ribeirão", diz o presidente do Movimento Livre, Lauro Braguim.

“Não estamos aqui para criar tumulto, mas nós vamos voltar. Quando chegamos aqui encontramos cachorro morto, entulho, animal morto. Estando aqui, a gente cuida da terra, não estamos bagunçando”, disse o pintor Micael de Camargo.