Durante uma videoconferência
organizada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos no dia 29 de outubro
de 2013, a famosa dissidente cubana lamentou o papel “marginal” da mulher em
Cuba. Segundo Yoani Sánchez, a mulher cubana é “o último elo de uma cadeia de
improdutividade e ineficiências”. Eis aqui algumas verdades a respeito que
contradizem seu ponto de vista.
2.
Antes de 1959, as mulheres representavam apenas 12% da população ativa e
recebiam uma remuneração inferior à dos homens por um emprego equivalente.
3.
Hoje, a legislação cubana impõe que o salário da mulher, pela mesma função,
seja exatamente igual ao do homem.
4.
Cuba é o primeiro país do mundo a assinar a Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, e o segundo em ratificá-la.
5.
Dos 31 membros do Conselho de Estado cubano, 13 são mulheres, ou seja, 41,9%.
6.
Há 8 mulheres ministras em um total de 34, ou seja, 23,5%.
7.
No Parlamento cubano, dos 612 deputados, 299 são mulheres, ou seja, 48,66%.
8.
Cuba ocupa o terceiro lugar mundial na porcentagem de mulheres deputadas. Os
Estados Unidos ocupam o 80º.
9.
María Mari Machado, mulher, ocupa a vice-presidência do Parlamento cubano.
10.
Dos 1268 eleitos nas assembleias provinciais, 48,36% são mulheres.
11.
As mulheres cubanas presidem 10 das 15 assembleias provinciais do país, ou
seja, 66,6%, e ocupam a vice-presidência de 7 delas, 46,6%.
12.
Não existe nenhuma lei em Cuba que obrigue a paridade nos cargos
políticos.
13.
Dos 115 membros do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, 49 são
mulheres, ou seja, 42,6%.
14.
A secretária do Partido Comunista de Cuba para a província de Havana, a mais
importante do país, é uma mulher negra que tem menos de 50 anos chamada
Lázara Mercedes López Acea. Ela também é vice-presidenta do Conselho de
Estado e do Conselho de Ministros.
15.
Dos 16 dirigentes sindicais provinciais da Confederação dos Trabalhadores
Cubanos (CTC), 9 são mulheres, ou seja, 56,25%.
16.
Cerca de 60% dos estudantes cubanos são mulheres.
17.
Desde 1980, as mulheres ativas dispõem, em média, de um nível de formação
superior ao dos homens ativos.
18.
Em Cuba, as mulheres representam 66,4% dos técnicos e profissionais do país de
nível médio e superior (professores, médicos, engenheiros, pesquisadores etc.).
19.
A taxa de fertilidade (número de filhos por mulher) é de 1.60, ou seja, a mais
baixa da América Latina.
20.
As mães cubanas têm a possibilidade de se ocupar em tempo integral de seus
filhos recém-nascidos e, ao mesmo tempo, receber seu salário integral um mês e
meio antes do parto e três meses depois do nascimento do filho. A licença pode
se estender até um ano com uma remuneração equivalente a 60% do salário. Ao
final de um ano, são automaticamente reintegradas a seu trabalho.
21.
Cuba é um dos únicos países da América Latina, além da Guiana (desde 1995) e do
Uruguai (desde 2012), a legalizar o aborto. A prática foi aprovada na ilha caribenha
em 1965.
22.
A taxa de mortalidade infantil de é 4,6 por mil, ou seja, a mais baixa do
continente americano — incluindo o Canadá e os Estados Unidos — e do Terceiro
Mundo.
23.
A expectativa de vida as mulheres é de 80 anos, dois anos superior à dos
homens.
24.
A mulher pode se aposentar aos 60 anos, ou depois de trabalhar durante 30 anos,
enquanto o homem só pode se aposentar aos 65 anos.
25.
A mulher cubana desempenha, assim, um papel preponderante na sociedade e
participa plenamente do desenvolvimento do país.
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Fonte: operamundi.uol.com.br