Imagem de um protesto no Jardim Paiva, um dos bairros com situação mais crítica. |
Justo
em Ribeirão Preto - cidade conhecida por oferecer oportunidades-, moradores
sofrem com a falta de abastecimento de água e são obrigados a passar por problemas extremamente incômodos. Para amenizar as dificuldades, reservar água [mandadas por caminhões] em tanques caseiros , é uma boa escolha; mas somente alguns bairros recebem essa água via caminhão.
Com
gestões públicas parasitárias e elitistas,
o problema existe e persiste há anos. E mesmo que a falta de água seja um problema
bastante conhecido e intolerável, este só deve ser resolvido em julho do ano que
vem, conforme anunciado pela Prefeitura municipal.
Em
maiores escalas: os bairros Ipiranga e Jardim Paiva seguem totalmente a seco,
sem pleno abastecimento. Nestes bairros é impossível realizar tarefas simples,
como tomar banho de chuveiro ou lavar louça e roupas.
Evidentemente,
essa falta de abastecimento pleno de água traz riscos à saúde, limitando, até,
banhos e atividades cotidianas em geral: não se pode tomar banho diariamente; a
louça suja se acumula; não se consegue a quantidade de roupa
necessária; etc.
Vale lembrar que Ribeirão Preto fica a cima da maior reserva de água doce do mundo, Aquífero Guarani.
O que acontece é
inaceitável!
Os parasitas seguem injustiçando o povo de Ribeirão Preto.
Os parasitas seguem injustiçando o povo de Ribeirão Preto.
Yuri mora com a família no Jardim Paiva. Lá, a falta de água é um problema crônico. ‘Falta praticamente todos os dias’, disse a avó dele, Maria Antônia Procópio, 60. A aposentada diz que paga, em média, cinquenta reais de conta ao Daerp. ‘O talão, ao contrário da água, não falta.’ Maria Antônia já realizou protestos no bairro por conta do problema.
Torneiras vazias em bairros da zona norte. |
O motivo real e material do desabastecimento, dentre várias falhas de
contabilidades e irresponsabilidades administrativas, é por que a DAERP
(Departamento de Águas e Esgoto de Ribeirão Preto - empresa responsável pelo
abastecimento e saneamento do esgoto) está em crise e, portanto, diz não conseguir preservar bombas e encanamentos mais velhos, perfurar novos poços para retirar mais água, e etc.. Mesmo assim, a prefeitura -- sob
direção de Darcy Vera, não pagou, ainda, a dívida de vinte milhões de reais ao DAERP. O
pagamento da tal dívida poderia, ou deveria, resolver o problema de abastecimento de água que vive o povo de Ribeirão Preto.
Mesmo
com essa dívida estar prejudicando a vida dos trabalhadores de Ribeirão Preto,
os políticos da cidade tomam atitudes que prejudicam ainda mais a estabilidade dos
serviços do cotidiano do povo, por algum interesse: na última sessão do
legislativo municipal de 2013, foi aprovado pelos vereadores, o pagamento da
dívida da prefeitura com o DAERP em imóveis, e não com dinheiro. Houve
resistência de organizações populares e revolucionárias, com a presença de
alguns militantes da Unidade Vermelha e ativistas independentes, mas não foi
suficiente para barrar o projeto.
Por
essa razão, o DAERP não resolverá a questão do desabastecimento tão cedo,
porque imóveis não resolve a crise financeira em curto prazo -- entretanto, permanece o silêncio. O povo operário
de Ribeirão Preto paga a conta hoje, mas amanhã fará a justiça!
- Victor Bellizia.